quarta-feira, 6 de março de 2013

T-li-ts

Lua, slack-line, coqueiros.
Revolta, fora da aula, conhecer.
Tu esperava tua mãe chegar, ou um ônibus pra ir embora.
Eu dormiria ali de qualquer jeito.
Um amigo te apresenta, e eu cativo a tua amizade.
Um papel, um desenho a lápis.
Uma caderneta, um desenho a caneta.
E tu o levou. Destacou e o levou.
E ainda hoje me pergunto se tu ainda tem esse desenho.
Pra mim nenhum contato teu, a não ser um endereço-E.
E no outro dia, algo escrito pra mim.
E nos outros dias, mil coisas escritas pra você.
E aquela caderneta guarda poesias escritas pra você.
E teus olhos ficaram na minha mente pro resto da minha vida.
A imagem de tu se deitando, como uma gata rolava pela grama, sem ligar pras coisas que estavam ao redor.
Coqueiros, Coqueiros..
Corujas, Coqueiros.
E nesse dia eu já sabia que tu seria importante pra mim.
Cada vez que te encontro, converso contigo, e te ouço falar da vida bad que tu diz levar, me sinto bem, e me boto a pensar na vida.
Na tua vida.
Esse teu jeito de disfarçar um assunto, fingindo não ouvir nenhuma palavra, não me convence, não me engana. Mas eu deixo passar despercebido.
Fico aqui, com a promessa de que um dia aprenderei a desenhar as folhas dos coqueiros.

I Don't Want, I Need

ai donte wonte mór troubles.
No wiff Iu, Nou wiff oders, Mai Flauer.
Mai Díar, ai téu iu about mai laife, mai lóves, and mai driams.
Ai emi Fatiguedi of al dis.
Ai wona stei wif mai frénds and de pipous if mi lóve.
Ai wont iu, but ai nid be lóved.
Ai nid atenchon.
Ai nid iu, livingme!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sábado, 6 de outubro de 2012

E eu quieto, sozinho.

Então, sentei-me na calçada com as pernas trémulas. As mãos, sujas, frias e ásperas tocavam o rosto, e o manchavam de poeira e álcool. A tempos eu não bebia, como  ontem. Ela me olhava, em pé. Sem saber o que fazer. Seus amigos desciam a praça. Meus amigos desciam a praça. Despediram-se, e abandonaram-me. Bebado. Triste. Chorando. Ela sentou-se, e eu me deitei.
Antes, no bar, eu ouvia o som imundo tocando, e a observava, conversando com seu ex-namorado. conversaram um bom tempo, e eu apenas pedia mais uma cerveja. "Dá ota cerveja". "Dá ota cerveja". "Dá ota cerveja".
Ela veio. "tudo bem?". Sim. Tem problema se eu não ficar aqui contigo? Eu não queria ser cíumento. Não, pode ficar à vontade. Tá. me deu um beijo rápido, de canto, daqueles que nenhuma garota quer dar. Virou-se de costas e, quando percebi, eu já estava doidão. Ela conversava com ele, e com outros amigos. E eu quieto, sozinho.
bebi muito. Bebi como quem gostava de beber. e senti o prazer de ser um bêbado. Ver as coisas mechendo, as pessoas gritando, a guitarra gritando, o grave vibrando, e aquele baterista ridiculo mostrando com tesão aquela lingua enorme.
Acendi um cigarro. "É proibido fumar aqui dentro". "Foda-se, seu filho da puta". Cara, ou você apaga, ou eu chamo o segurança. Apaguei o cigarro no balcão do bar, e o deixei por ali mesmo. "sua mãe tem Pênis".
aproveitei minha situação de bêbado, sabendo que ele seria mais tolerante, e em seguida, sem muito espaço de tempo entre as palavras eu pedi: quero um Foda-se. Ela serviu. eu a observava, toda atraente com aquele corpo magro. seios delineados, do jeito que meu amigo gosta. Não consegui me imaginar com ela. Pois eu amava. Eu sempre amo.
bebi mais umas porcarias, sempre vodka com suco. Barato, não muito ruim e que mantia a mente zonza por uns minutos.
Levantei, cambaleante fui ao banheiro. Mijei no chão, só de raiva. e saí. outro cara entrou, agachou-se, vomitou na patente e deitou-se sobre o mijo.
Percebi que eu não estava tão bebado assim. mas minha situação era pior que a dele.
saí, mandei o dono do bar à merda, mostrei o dedo pra banda, e saí da balada.
chutei a porta do bar ao lado, dei um tapa na placa de Pare, e mandei o mundo ao inferno.
poesia
ao inferno, o mundo. imundo.
sem jeito, desejo tudo ao inferno.
o amor, a paixão, os lábios.
tudo.
ao inferno.
ao inferno as coisas que me botaram neste estado.
o alcool, a raiva, o ciume.
o tédio, o trabalho, o cansaço.
a ilusão de lhe amar.
ao inferno, tu e tuas frescuras.
os meus livros, meus escritos.
ao inferno, ao inferno, ao inferno.
tu, e tudo que lhe acompanha.
vão, agora.
ao
inferno.
as estações, o samba, o róque.
ao inferno.
tudo.
tudo..
tudo...
quando terminei  meu discurso, eu a vi, me olhando e perguntando o que houvera. Não esteve comigo em um simples segundo, e por isso não sabia o que eu sentia, por que eu o fazia, e por que eu estava ali fora.
Então, sentei-me na calçada com as pernas trémulas. As mãos, sujas, frias e ásperas tocavam o rosto, e o manchavam de poeira e álcool. A tempos eu não bebia, como  ontem. Ela me olhava, em pé. Sem saber o que fazer. Seus amigos desciam a praça. Meus amigos desciam a praça. Despediram-se, e abandonaram-me. Bebado. Triste. Chorando. Ela sentou-se, e eu me deitei.
Foi o que me disseram.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Capoeira

Já faz um bom tempo que não sinto aquela vontade de ficar sozinho.
Não quer dizer que eu não seja mais uma pessoa triste.
É que encontrei a amizade.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ela não me ama, John!

- Ela não me ama! Ela não me ama! Ela não me ama, John! Ela não me ama!
Parou...Refletiu...
Sentiu saudades e uma imensa vontade de chorar novamente, de amar novamente...
As lágrimas quase lhe tombavam os olhos... Mas nenhuma tombou.
Num momento de calma e menor agitação, disse:
-Eu não a amo... Não a amo... (...) ...Né?
John ficou em silêncio.
Tomou outro gole daquele café frio, feito por ele mesmo na manhã da segunda.
Esperava que ela ligasse...
O telefone não tocou.
John saiu.
Trancou a porta, ligou o rádio que ficava na cabeceira da cama no sexto volume, a ouvir Comerciais de Cigarro, esperando não mais acordar triste.
http://letras.terra.com.br/dance-of-days/1134770/